domingo, 14 de abril de 2013

Em busca da imortalidade


A imortalidade na natureza


Essa idéia de imortalidade não vem apenas de sci-fi, caro leitor. Suas raízes estão cravadas bem na nossa realidade.

As tartarugas Emydoidea Blandingii e Chrysemys Bicta e o peixe Rockfish possuem uma característica que desafia a compreensão dos cientistas no que se diz respeito ao envelhecimento celular. Suas células simplesmente permanecem em estado jovem por tempo indeterminado.

Já a Turritopsis dohrnii, uma água viva, tem como característica a renovação celular constante.
Ambos os grupos conhecem a morte apenas quando são feridos gravemente, caso contrário, permanecem vivendo seus “anos dourados” eternamente.



Turritopsis Dohrnii

Afinal, como morremos?


A morte natural acontece parcialmente. Atrevo-me a dizer que é até mesmo uma reação em cadeia. Desde o momento em que nascemos estamos expostos aos grandes males que nos cercam.

O oxigênio, que nos dá a vida, também ajuda a destruí-la aos poucos. Isto porque é um dos principais radicais livres. Radicais livres são moléculas instáveis que viajam através de nosso corpo, roubando elétrons de nossas células e assim, danificando-as parcial ou completamente. – Além do oxigênio, muitos alimentos podem possuir radicais livres prontos para invadir nosso organismo.

Mas o corpo humano, em sua fase jovem, combate eficientemente esse mal com a produção natural de antioxidantes, que ajudam na regeneração celular. O problema é que, com o passar do tempo, essa produção diminuí, e aos poucos, as células envelhecem até a morte.

Outro problema está relacionado ao fator da divisão celular. A partir do momento que uma célula se divide, ela automaticamente perde parte de seus telômeros (fragmentos que protegem os cromossomos). Esse fator favorece o envelhecimento celular.

Esse é o caso dos melanócitos (coloração dos cabelos), colágeno (que mantêm a pele com aspecto “jovem”), e a cartilagem (que mantêm os ossos fortes), por exemplo, que diminuem sua produção aos poucos em nossos corpos, deixando resultados bem visíveis e desagradáveis.






A ciência da vida eterna


Os cientistas procuram constantemente novas formas de prolongar a vida humana. Algumas teorias abrangem desde uma alimentação concentrada em pílulas, até a substituição de membros naturais por membros cibernéticos.

As pílulas funcionariam como um composto de vitaminas e proteínas desenvolvido justamente para a otimização do organismo, desde o fortalecimento das ligações químicas até a diminuição de radicais livres.

O uso de órgãos fabricados em laboratórios a partir de células tronco que replicam perfeitamente as características originais humanas pode parecer algo futurístico demais, porém já tem sido uma boa alternativa em alguns casos, provando total eficiência.





Outra opção seria o uso de nanorrobôs, micro agentes que circulariam livremente no nosso organismo, sendo responsáveis por levar medicamentos diretamente até células necessitadas, e, até mesmo, limpar constantemente as artérias, evitando futuras obstruções.

Até mesmo o câncer, um dos principais males, pode ser um fator crucial na evolução cientifica rumo à imortalidade. Isso porque as células cancerosas possuem uma enzima que ajuda no crescimento dos telômeros (sim, aquele mesmo responsável por proteger os cromossomos celulares), tornando o câncer tão forte e destrutível. A aplicação dessa enzima em células saudáveis poderia ajudar na preservação das mesmas, afastando assim o envelhecimento e a morte celular.

As teorias já existem, muitas até mesmo postas em prática. Mas será que nos acostumaríamos bem com a vida eterna?

Um mundo onde as pessoas vivem para sempre é um mundo onde a demanda por tecnologia, evolução, alimentação, e capital é maior ainda. É um mundo onde a superlotação é um dos principais riscos, e o controle de natalidade deve ser feito rigorosamente. As famílias não procriariam, as gerações entrariam em processo estagnado.

Seria um lugar melhor, ou o ciclo natural deve permanecer?



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