terça-feira, 12 de março de 2013

O Reino Perdido De Atlântida



Atlântida

 



Atlântida ou Atlantis é uma lendária ilha cuja primeira menção conhecida remonta a Platão (428-347 a.C.) em suas obras "Timeu ou a Natureza" e "Crítias ou a Atlântida".
A mitologia ocidental reduz o continente ou Reino Atlante a uma ilha que teria submergido, engolida pelo oceano, nove mil anos antes da época de Sólon. Porém, Platão deixa claro que a ilha, além de ser tão grande quando "Líbia e Ásia juntas", era apenas uma parte do território Atlante, que se estendia em outras partes do mundo. A Atlântida de Platão seria o que restou de um continente muito mais antigo e os Atlantes, foram a quarta Raça humana, que povoou o mundo durante milhões de anos, até que se extinguiu no episódio relatado por Platão.

Platão preservou a história de Atlântida naquele que é, hoje, um dos mais valiosos registros que nos chega da antiguidade. Platão viveu 400 anos antes do nascimento de Cristo, Seu ancestral, Sólon, foi um grande legislador em Atenas 600 anos antes da Era Cristã. Sólon visitou o Egito. Diz Plutarco: "Sólon deixou uma longa descrição em verso ou, melhor dizendo, um fabuloso relato sobre a Ilha Atlântica, que ele ouviu dos homens de ciência, em Saís, relato particularmente relacionado com os atenienses."

Platão tencionava produzir uma grandiosa narrativa sobre a "Ilha Atlântica", uma fábula maravilhosa digna do relato de Sólon, uma história como nenhuma outra antes escrita; um deleite para escritor e um prazer ainda maior para o leitor. Mas a vida de Platão terminou antes que ele completasse o trabalho.

Não há dúvida que Sólon esteve no Egito. Sua ausência em Atenas por mais de dez anos é claramente atestada em Plutarco. Há muitas razões para crer que, de fato, Sólon aprendeu muito com os sacerdotes egípcios. Era um homem com uma extraordinária força e pensamento penetrante, como atestam suas leis e seus "ditos". É bem possível que tenha começado em verso a história e a descrição de Atlantis, trabalho que deixou incompleto.

O manuscrito de Sólon, muito possivelmente caiu nas mãos de Platão, seu sucessor e descendente, ele mesmo, Platão, sendo um estudioso, um pensador e um historiador, uma das mentes mais poderosas do mundo antigo. Um sacerdote egípcio teria dito a Sólon: "Vocês [gregos] não tem antiguidade de história [em termos de história] e nem têm a história da antiguidade" e Sólon compreendeu a vasta importância do registro daquele passado histórico, não apenas milhares de anos antes do tempo da civilização grega mas muitos milhares de anos antes do surgimento do Reino do Egito; e ficou [Sólon] muito ansioso para preservar para o seu mundo meio-civilizado ainda, aquela inestimável sabedoria do passado.



" FRAGMENTO DE 'TIMEU E CRÍTIAS, ou A ATLÂNTIDA", de Platão:
Crítias: Então, ouça Sócrates, esta estranha narrativa que, no entanto, certamente é verdadeira, bem como Sólon, que contou a história, e que foi o mais sábio entre os sete sábios. Ele era parente e grande amigo de meu avô, Drópidas, como ele mesmo disse em muitos de seus poemas; e Drópidas disse a Crítias, meu pai, que lembrava e nos contava sobre uma antiga e maravilhosa atuação dos atenienses que caiu no esquecimento, ao longo do tempo e da destruição da Raça Humana, e uma, em particular, que era a maior de todas as Raças, e o relato do que se passou será um testemunho adequado da nossa gratidão a vocês...
Sócrates: Muito bom! E o quê é essa antiga e famosa proeza da qual Crítias falou e que não é mera lenda mas uma ação histórica do Estado Ateniense recontada por Sólon!
Crítias: Eu vou contar uma velha história do mundo que ouvi de homem já bastante idoso; Crítias, na época, tinha quase noventa anos e eu dez anos de idade. Era o "dia de Apaturia", também chamado "dia de registro na juventude" [entrada na adolescência] no qual, de acordo com o costume, nossos pais conferiam-nos prêmios pela declamação de poemas e muitos de nós cantavam poemas de Sólon, que eram novidades naquele tempo. Um de nossa tribo, talvez porque fosse sua real opinião, ou talvez porque quisesse agradar Crítias, disse que na sua opinião [dele] Sólon não era apenas o mais sábio dos homens, porém era também o mais nobre dos poetas. O velho homem, eu me lembro bem, iluminou-se diante disso e falou, sorrindo: "Sim, Amynander, se Sólon tivesse, apenas, como outros poetas, feito da poesia o negócio de sua vida e tivesse completado o relato que trouxe com ele do Egito e não se sentisse compelido, em razão de fatos e perturbações que ele encontrou [instabilidade política] quando voltou a este país, empenhando-se, então, em atender a outras tarefas, [se tivesse escrito o poema sobre a coisas fabulosas que aprendeu no Egito] na minha opinião ele teria sido um poeta tão famoso quanto Homero ou Hesíodo.
E sobre o quê era este poema, Crítias? perguntou alguém."Conte-nos", disse outra pessoa, "conte-nos a história toda e de quem Sólon ouviu essa tradição".
Crítias: Sobre a mais grandiosa ação já empreendida pelos atenienses e que deveria ser muito famosa mas o tempo e a destruição completa dos atores desse drama impediram que história chegasse até nós.
"No Delta Egípcio, o rio Nilo se divide, existe um certo distrito que é chamado Saís, e uma grande cidade do distrito, também chamada Saís, e essa é a cidade na qual nasceu o rei Amasis. Ali os cidadãos têm uma divindade fundadora: os egípcios a chamam de Neith mas eles dizem que é a mesma chamada pelos atenienses de "Atena". Os cidadãos desta cidade gostam muito dos atenienses e dizem que, de alguma forma, se relacionam com o povo de Atenas.

"Sólon, levado por Thrither [um sacerdote egípcio], foi recebido com grandes honras e perguntou aos sacerdotes qual dos mestres era o mais sábios em antiguidades [história antiga]; Sólon descobriu que nem ele nem qualquer outro heleno sabiam qualquer coisa de real valor sobre os tempos antigos.
Em uma ocasião, quando estavam falando de antiguidades, ele [Sólon] começou a discorrer sobre coisas de outros tempos quando nossa parte do mundo, o Phoroneus, que é chamado "o primeiro", e sobre Níobe e depois sobre o Dilúvio; falou sobre a vida de Deucalião e Pirra e traçou a genealogia de seus descendentes, a linha do tempo, as datas dos eventos aos quais se referia.
Thereupon, um dos sacerdotes, que era muito velho, disse: "Oh, Sólon, Sólon, vocês helenos são como crianças e não há homens velhos entre os helenos." – Diante disso, disse Sólon: "O que você quer dizer com isso?"
Quero dizer o que disse; que em termos de mentalidade vocês são muito jovens. Não há entre vocês idéias ancoradas em ciências antigas ou antigas tradições; e eu lhes dizer a razão disso: aconteceram e novamente acontecerão muitas destruições da raça humana deflagradas por muitas causas. Existe uma estória que vocês devem ter preservado, sobre Faetonte, o filho de Hélios, que sem saber conduzir os cavalos, tomou a carruagem de seu pai para percorrer o caminho que Hélios fazia todos os dias e provocou um grande desastre, queimando tudo na face da Terra.
Hoje, isso é uma expressão em forma de mito, mas, de fato, significa o declínio dos corpos que se movem em torno da Terra e nos céus; uma conflagração recorrente, que acontece em longos intervalos de tempo; quando isso acontece, aqueles que vivem nas montanhas e em outros lugares secos, estão mais sujeitos à destruição do que aqueles que vivem à margem dos rios, dos lagos ou do mar. Mas, por outro lado, quando os deuses purgam a terra pela água [e não pelo fogo, como Faetonte],então os pastores, os montanheses, são os sobreviventes e perecem os que vivem nas cidades, próximos aos rios e fontes, a beira-mar; são levados pelas enchentes, submergem no oceano. Mas nesse país, nem nesse tempo nem em qualquer outro a água veio do alto sobre os campos, tendo sempre a tendência de vir de baixo, razão pela qual as coisas preservadas aqui são as mais antigas.
O fato é que a Raça Humana, a população, cresce em certas épocas e decresce em outras e o que sempre aconteceu em seu país e no nosso ou em qualquer outra região da qual tenhamos conhecimento, todos os feitos grandes e nobres ou qualquer outro evento memorável, tudo o que tem sido escrito sobre os acontecimentos do passado, está preservado em nossos templos. Enquanto vocês [gregos] e outras nações mantêm escrituras e somente estes registros que interessam ao estado, no momento presente, ignoram que a pestilência [a catástrofe] pode estar vindo dos céus para dizimar todos e deixar apenas aqueles dentre vocês que são destituídos das letras e da educação e assim, deste modo, vocês têm de começar tudo novamente, como crianças, sem nada saber do aconteceu nos tempos mais antigos, entre nós [o Egito] e entre vocês mesmos [gregos].
As genealogias de vocês, gregos, que você Sólon nos tem contado, são relatos de crianças porque, em primeiro lugar, vocês se lembram de um dilúvio apenas, quando existiram muitos deles; em segundo lugar, vocês ignoram que habitaram em sua terra os homens da mais nobre e bela raça que jamais existiu, raça da qual você e seu povo são os descendentes. Isso é desconhecido por vocês porque muitas gerações de sobreviventes da destruição morreram sem deixar qualquer vestígio. Houve um tempo, Sólon, antes do maior dilúvio de todos, quando a cidade que hoje é Atenas era a primeira nas guerras e proeminente pela excelência de suas leis, pelos feitos notáveis, pela constituição magnífica de seus cidadãos.
Maravilhado, Sólon queria saber mais sobre aquela raça e aquele tempo. "Todos vocês são bem-vindos para ouvir sobre eles, Sólon" – disse o sacerdote – "por você mesmo, pela cidade e, sobretudo, pela glória da deusa que é protetora e civilizadora [educadora] de ambas as cidades [Atenas e Saís]. Ela fundou sua cidade mil anos antes da nossa, recebendo da Terra e Efaistos a semente de sua raça; e depois, fundou a nossa, um fato que está preservado em nossos registros sagrados como acontecido há oito mil anos atrás, como ensinaram os cidadãos de nove mil anos atrás. Eu informarei brevemente a você sobre suas leis e a nobreza de seus feitos conforme as escrituras sagradas deles mesmos. Se você comparar estas leis com as suas próprias verá muitas das nossas leis são contrapartida das suas.
Existe uma casta de sacerdotes, que é separada de todas as outras; depois vêm os artesãos, que exercem suas muitas artes e não se misturam com as outras castas; e também existe a classe dos pastores e dos caçadores bem como a dos agricultores. Você observará que os guerreiros no Egito são separados de outras classes e são comandados pela lei da guerra e são equipados com escudos e lanças e a deusa fala primeiro entre vocês, e então, aos países asiáticos e nós, entre os asiáticos, fomos os primeiros a adotar essas leis.
Sabiamente, você notará o cuidado da lei com o mais puro, buscando e compreendendo toda ordem de coisas, da profecia, a medicina e todos os elementos necessários à vida humana e todo tipo de conhecimento relacionado. Essa ordem de coisas foi estabelecida pela deusa e dada a vocês quando estabeleceram sua cidade; e ela escolheu este lugar da Terra, onde você nasceu, porque ali viu o arranjo harmonioso das estações e viu que aquela terra produziria os mais sábios dos homens.
A deusa, que amava a guerra e a sabedoria escolheu aqueles que seriam semelhantes a ela mesma; e ali vocês se estabeleceram com suas leis, que ainda são as melhores, e excedem toda a raça humana nesta virtude e eram os filhos e os discípulos dos deuses. Grandes e maravilhosos feitos de seu Estado foram registrados em nossa história mas um deles supera a todos em grandeza e valor. Foi quando uma força muito poderosa e agressiva levantou-se contra a Europa e Ásia mas sua cidade pôs um fim ao terror.
Esta força veio do oceano Atlântico, naqueles dias em que o Atlântico era navegável; e existia uma ilha situada em frente ao estreito [estreito de Gibraltar] que vocês denominam Colunas de Hércules. A ilha era maior que a Líbia e a Ásia juntas e era o caminho para outras ilhas através das quais era possível atravessar e chegar ao outro lado do continente que era cercado pelo verdadeiro oceano [passando do Mediterrâneo ao Atlântico]. O mar interior do estreito de Hércules (Gibraltar) era apenas um porto com uma entrada estreita; do outro lado, era o verdadeiro mar e a terra, ali, podia verdadeiramente ser chamada de "continente".
Então, na ilha de Atlantis existiu um grande e maravilhoso império, que tinha leis vigentes em toda a "ilha-continente" e em muitas outras além de partes da Líbia, "dentro" das colunas de Hércules tão distantes do Egito e da Europa quanto do Tirreno [parte ocidental do mar Mediterrâneo]. O vasto poder [de Atlantis] empenhou-se, então, em subjugar de um só golpe nosso país e os seus [as cidades-estado gregas] e toda a terra nos limites do estreito; e então, Sólon, seu país [Atenas] brilhou à frente de todos, na excelência de sua virtude e força, por sua bravura e perícia militar; [Atenas] liderou os helenos; e quando não havia esperança de trégua, quando compelida a estar sozinha, submetida a um grande perigo, Atenas derrotou e triunfou sobre os invasores e manteve à salvo da escravidão aqueles que ainda não tinham sido subjugados e libertou todos os outros que habitavam os limites de Hércules [área do mediterrâneo, estreito de Gibraltar]. Posteriormente aconteceram terremotos violentos e inundações e em apenas um dia e uma noite de tempestades (chuvas) Atlântida e todo o seu povo foram tragados pelo oceano. Esta é a razão pela qual naquela parte, o mar é inavegável, intransponível, porque está saturado de lama.
E eu gostaria de invocar Mnemosine (Memória) porque parte significativa do que tenho para contar depende do favor da deusa das recordações, para que possa recontar tudo o que disseram os sacerdotes e que Sólon trouxe consigo. Deixem-me começar observando que, os nove mil anos que mencionei são um resumo dos anos que tinham se passado desde o começo da guerra entre os que habitavam para além das coluna de Hércules e aqueles que habitavam "dentro" do estreito. De um lado os combatentes da cidade de Atenas e seus aliados; do outro, os reis da Ilhas de Atlantis, que outrora tinham sob seu poder um território maior que a Líbia e a Ásia; território que desapareceu entre tremores de terra e maremotos que tornaram o Atlântico praticamente inacessível. A história se desenrola e entram em cena numerosas tribos bárbaras e Helenos que existiam então. Mas devo ainda descrever os Atenienses tal como eram naqueles dias e seus inimigos e ainda o poder e a forma de governo de cada um. Comecemos pelos atenienses...
Muitos grandes dilúvios aconteceram durante aqueles nove mil anos... Os deuses repartiram entre si toda a Terra em diferentes porções. Ergueram templos, fizeram sacrifícios. Poseidon recebeu a ilha de Atlantis; o deus tinha filhos com uma mortal e instalou, mulher e filhos, em uma parte da ilha; na costa, voltada para o oceano, existia uma planície muito fértil. Próximo, no centro da ilha, havia uma montanha não muito alta. Nesta montanha habitavam os primeiros mortais deste país: um casal, ele chamado Evanor e ela Leucipa. Tinham uma única filha, Cleito.
Quando a donzela se tornou mulher, seus pais morreram e foi por ela que Poseidon se apaixonou e teve filhos com ela. Ela morava na montanha da planície, que foi cercada de canais circulares e concêntricos, alternando faixas de terra e água. Havia três faixas de água e duas de terra... [Os filhos]... eram cinco pares de gêmeos varões. Atlantis foi dividida em dez regiões: o mais velho do primeiro par, chamado Atlas, ficou com a ilha-colina onde morava sua mãe, que era um lugar magnífico e nomeado de Atlantic [Atlântica ou Atlântida]; e Atlas ficou sendo o rei de todo império. Os outros irmãos foram feitos príncipes por Poseidon. Eles governariam todos os homens. O gêmeo de Atlas, Gades ou Gaderius, ficou com terras interiores das colunas de Hércules.
O segundo par de gêmeos eram Ampheres e Evaernon; o terceiro, Mneseus e Autochthon [Autóctone]; o quarto par de gêmeos, Elasipo e Mestor; e o quinto, Azaes e Diaprepes. Todos estes e seus descendentes foram governantes de numerosas ilhas em mar aberto e também já foi dito que eles migraram para lugares distantes das colunas de Hércules, muito além do Tirreno e do Egito.
Atlas tinha, então, uma família numerosa e honrada e seus descendentes mantiveram o reino por muitas gerações e detinham muitas riquezas, tantas quantas jamais foram possuídas por outros reis e potentados. muitas especiarias eram trazidas de países estrangeiros mas a ilha era auto-suficiente e fornecia tudo que era necessário a uma vida confortável. O subsolo possuía minerais e um precioso metal do qual hoje só resta o nome: orichalcum.
Também havia florestas abundantes de onde se extraía a madeira e campos que alimentavam pessoas e animais domésticos e selvagens. Havia um grande número de elefantes na ilha Atlântica e outros variados tipos de animais, de lagos e montanhas, rios e planícies. [Os atlânticos possuíam também deliciosas] ... fragrâncias, perfumes, extraídos de raízes, ervas, flores e frutas. [Havia pomares ... e templos, palácios, portos, docas. Os palácios no interior da cidadela eram construídos com um templo, dedicado a Cleito e Poseidon no centro, extremamente inacessível e rodeado de ouro; foi o lugar onde nasceram os dez príncipes e onde eram realizados rituais anuais... Todo o exterior do templo era coberto de prata, e os pináculos [torres] de ouro. O interior do templo era de mármore decorado com ouro, prata e orichalcum... estátuas de ouro, como a do próprio deus [Poseidon] em sua carruagem de seis cavalos alados, cercado de Nereidas e golfinhos... Do lado de fora, rodeando o templo, havia vinte estátuas de ouro, representando os príncipes e suas mulheres... Havia fontes de água quente e fria... Havia muitos templos dedicados a muitos deuses... jardins e lugares para o laser. Alguns somente para os homens... [e havia haras, pistas para cavalos]... As docas estavam sempre repletas de naus trirremes e armazéns por onde circulavam mercadores de todo o mundo... ?

O TEXTO DE PLATÃO TERMINA ABRUPTAMENTE "



Atlântida seria uma ilha de extrema riqueza vegetal e mineral. Não só era a ilha magnificamente prolífica em depósitos de ouro, prata, cobre, ferro, etc., como ainda de oricalco, um metal que brilhava como fogo.

Os reis de Atlântida construíram inúmeras pontes, canais e passagens fortificadas entre os seus cinturões de terra, cada um protegido com muros revestidos de bronze no exterior e estanho pelo interior. Entre estes brilhavam edifícios construídos de pedras brancas, pretas e vermelhas. Tanto a riqueza e a prosperidade do comércio, como a inexpugnável defesa das suas muralhas, se tornariam imagens de marca da ilha.
 
Pouco mais se sabe de Atlântida. Segundo Platão, esta foi destruída por um desastre natural (possivelmente um terremoto ou maremoto) cerca de 9000 anos antes da sua era. Crê-se ainda que os atlantes teriam sido vítimas das suas ambições de conquistar o mundo, acabando por ser dizimados pelos atenienses.
Outra tradição completamente diferente chega-nos por Diodoro da Sicília, em que os atlantes seriam vizinhos dos líbios e que teriam sido atacados e destruídos pelas amazonas.
Segundo outra lenda, o povo que habitava a Atlântida era muito mais evoluído que os outros povos da época e, ao prever a destruição iminente, teria emigrado para a África, sendo os antigos egípcios descendentes dos atlantes.




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