quarta-feira, 20 de março de 2013

Anne Frank



Anne Frank




                                                           Anneliese Marie Frank



      Nascida em 12 de junho de 1929, Anne foi uma entre um total de 1 milhão de crianças mortas no holocausto.  Filha de Otto e Edith Frank. Passou os primeiros cinco anos de sua vida com seus pais e sua irmã mais velha, Margot, em um apartamento perto de Frankfurt.  Em 1933, seu pai se muda para Amsterdã com o restante de sua família, após os nazistas terem assumido o poder, deixando Anne com seus avôs na cidade de na cidade de Aachen. Anne se junta à família em fevereiro de 1934.  

1940 – Alemães ocupam Amsterdã.
1942 – Autoridades alemães junto com seus colaboradores holandeses, passam a concentrar  judeus de todo o território holandês em Westerbork (um campo de trânsito próximo à cidade holandesa de Assen).

     Anne viveu com suas família e mais outros quatro judeus no sótão de um apartamento da família por dois anos ( onde em seu diário se refere a ele como “Anexo Secreto”), onde recebiam a ajuda de uns amigos da família (Johannes Kleiman, Victor Kugler, Jan Gies e Miep Gies), que começaram a contrabandear  roupas e alimentos para os mesmos.  

 
    4 de Agosto de 1944 – A  Gestapo (Polícia Secreta Alemã) após um denúncia secreta descobre o esconderijo  e prendem a família. E no dia 8 de agosto os mandam para Westerbork.  Um mês depois, as SS e as autoridades colocam todos que estavam no esconderijo em um trem de Westbrock para Auschwitz. Em outubro de 1944 Anne e sua irmã, Margot, são levadas para o campo de concentração de Bergen-Belsen (no Norte da Alemanhã, Celle).
Conforme relatado:
Mais de 8.000 mulheres, incluindo Anne e Margot Frank e Auguste van Pels, foram transportadas, mas Edith Frank foi deixada para trás e depois morreu de inanição. Tendas foram erguidas em Bergen-Belsen, para acomodar o fluxo de presos, e como a população aumentou, o número de mortes devido à doença também aumentou rapidamente. Anne encontrava-se brevemente com duas amigas, Hanneli Goslar e Nanette Blitz, que foram confinadas em uma outra seção do acampamento. Goslar e Blitz sobreviveram à guerra e depois descreveram breves conversas que tinham realizado com Anne através de uma cerca. Nanette descreveu que ela estava careca, magra, e tinha calafrios e Hanneli tinha observado que Auguste van Pels foi com Anne Frank cuidar da irmã desta, Margot Frank, que estava gravemente doente. Nenhum deles viu Margot, pois estava fraca demais para sair de seu beliche. Anne disse a Hanneli e Nanette que acreditava que seu pais foram mortos, e por isso não queria mais viver. Hanneli mais tarde descreveu que seus encontros acabaram no final de janeiro ou início de fevereiro de 1945. Em março de 1945, uma epidemia de tifo se espalhou pelo acampamento e matou cerca de 17.000 prisioneiros. Testemunhas disseram que Margot caiu de sua cama em seu estado debilitado e foi morta pelo choque, e alguns dias depois, Anne morreu também. “    De acordo com o relatado, Anne morreu semanas antes de Bergen-Belsen ter sido liberado.Otto foi o único sobrevivente de sua família, em 24 de janeiro de 1945 ele é liberado pelas forças soviéticas em Auschwitz.

 

Sobre O Diário


 
       Em 12 de junho de 1942, no seu aniversário de 13 anos Anne ganha  um presente, um livro o qual havia mostrado a seu pai dias antes.  O mesmo era a princípio apenas um livro de autógrafos, porém, mais tarde vem a ser O Diário de Anne Frank.  É nele que a jovem judia relata os momentos em que passou no esconderijo da família, o “Anexo Secreto.”

      “ Enquanto muitas de suas observações de início descrevessem os aspectos mundanos de sua vida, ela também descreveu algumas das mudanças que ocorreram nos Países Baixos desde a ocupação alemã. Em sua entrada datada de 20 de junho de 1942, ela enumerou muitas das restrições que haviam sido colocadas sobre a vida da população judaica neerlandesa e observou, também, o pesar que sentia pela morte de sua avó no início deste mesmo ano.” 

      Seu diário foi encontrado por  Miep Gies, que esperava poder devolvê-lo a menina, o que não foi possível já que Anne havia sido brutalmente assassinada  pelos nazistas. Então o mesmo entrega  este documento a seu pai, Otto Frank. Que faz um grande esforço para que o diário de sua filha seja publicado.  O mesmo percebe que o tempo em que passou com sua filha no esconderijo, não notou o que se passava com a menina, como ela realmente se sentia sobre toda aquela situação.  “ Ele também notou que ele viu pela primeira vez o lado mais privado de sua filha, e as seções do diário que ela não tinha discutido com ninguém, notando:  "Para mim foi uma revelação ... Eu não tinha ideia da profundidade de seus pensamentos e sentimentos ... Ela tinha guardado todos esses sentimentos para si mesma ".







    É claro que um documento como esse enfrentou obstáculos até que finalmente fosse publicado, contudo, apesar de todos esses obstáculos e prováveis problemas pelos quais seu pai passou, Anne de certa forma teve sua memória honrada com a publicação de seu diário, Otto fez o possível para que a memória de sua filha ficasse registrada, e assim foi. O Diário de Anne Frank foi publicado em diversas línguas após o fim da guerra, e ainda é usado em milhares de escolas européias e norte-americanas. E hoje Anne é tida como um símbolo da perda do potencial das crianças que foram mortas durante o Holocausto.   


Alguns fragmentos do livro:   









Fragmento do diário de Anne Frank no dia 10 de outubro de 1942:  "Esta é uma fotografia minha, ela mostra como eu gostaria de ficar para sempre. Então eu ainda poderia ter uma chance de ir para Hollywood, mas agora estou com medo, a minha aparência está muito diferente".   Amsterdã, Holanda.


“A gente não faz ideia de como mudou até que a mudança já tenha acontecido.”


“Enquanto ainda há disto, pensei, um Sol tão brilhante, um céu sem nuvens e tão azul, e enquanto me é dado ver e viver tamanha beleza, não devo estar triste. Para qualquer pessoa que se sinta só ou infeliz, ou que esteja preocupada, o melhor remédio é sair para o ar livre, ir para qualquer parte, onde possa estar só com o céu e com a natureza, e com Deus. Então compreende que tudo é como deve ser e que Deus quer ver os homens felizes no meio da natureza, simples e bela. Enquanto assim for - e julgo que será sempre assim - sei que há uma consolação para todas as dores e em todas as circunstâncias. Creio que a natureza alivia os sofrimentos.”


“Nesses momentos não penso no infortúnio, e sim na beleza que permanece. é nisso que eu e mamãe somos muito diferentes. seu conselho diante da melancolia é: "pense em todo o sofrimento que há no mundo e agradeça por não fazer parte dele." meu conselho é: "saia, vá para o campo, aproveite o sol e tudo que a natureza tem para oferecer. saia e tente recapturar a felicidade que há dentro de você; pense na beleza que há em você e em tudo ao seu redor, e seja feliz."
 


                                                Segue o filme: ”O Diário de Anne Frank.“


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