1992 - O Massacre do Carandiru
2 de outubro de 1992, ocorre uma rebelião na Casa de
Detenção de São Paulo onde segundo o relato da polícia foram mortos cento e
onze detentos. O ocorrido entra para a história do país como um dos mais
chocantes massacres de sua história. E é popularizado pela imprensa como "O
Massacre do Carandiru".
Segundo as informações que foram fornecidas, a rebelião teve
início com uma briga de presos no Pavilhão 9 da Casa de Detenção. A intervenção foi liderada pelo coronel Ubiratan Guimarães e a
justificativa que a polícia militar deu foi que
a intenção da PM era apenas de acalmar a briga que se passava no local. Porém, não foi exatamente isso que acabou
acontecendo. Cento e onze detentos foram
mortos pela polícia militar de São Paulo, alguns sobreviventes afirmam que a polícia atirou em detentos que estavam se escondendo em suas celas e também em muitos que já haviam se rendido. Afirmam ainda que o
número de mortos é superior ao que foi informado pela polícia.
De acordo com a corporação, o capitão Marcos Ricardo
Poloniato, os primeiros sargentos Haroldo Wilson de Mello e Roberto Yoshio
Yoshikado, e os cabos Roberto do Carmo Filho e Elder Tarabori permanecerão
executando suas funções sem quaisquer restrições. Eles foram condenados pelo
crime de homicídio juntamente com mais 18 PMs. A diferença entre eles é que
esses últimos estão inativos e não trabalham mais na corporação.
Fundação do PCC
O massacre causou indignação em detentos de outras penitenciárias, os quais
supostamente decidiram formar o Primeiro Comando da Capital (PCC) no
ano seguinte ao do evento. Uma das afirmações iniciais do grupo era a de que
pretendiam "combater a opressão dentro do sistema prisional paulista"
e "vingar a morte dos cento e onze presos". Entretanto, esta suposta
origem do PCC, um dos principais grupos do crime
organizado no Brasil,
é muito questionada, não havendo provas claras de que haja qualquer ligação
entre a facção criminosa e o massacre dos detentos.
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