quarta-feira, 1 de maio de 2013

1992-Massacre do Carandiru



1992 - O Massacre do Carandiru
 
    2 de outubro de 1992, ocorre uma rebelião na Casa de Detenção de São Paulo onde segundo o relato da polícia foram mortos cento e onze detentos. O ocorrido entra para a história do país como um dos mais chocantes massacres de sua história. E é popularizado pela imprensa como "O Massacre do Carandiru". 
    Segundo as informações que foram fornecidas, a rebelião teve início com uma briga de presos no Pavilhão 9 da Casa de Detenção. A intervenção foi liderada pelo coronel Ubiratan Guimarães e a justificativa que a polícia militar deu foi que a intenção da PM era apenas de acalmar a briga que se passava no local.  Porém, não foi exatamente isso que acabou acontecendo.  Cento e onze detentos foram mortos pela polícia militar de São Paulo, alguns sobreviventes afirmam que a polícia atirou em detentos que estavam se escondendo em suas celas e também em muitos que já haviam se rendido. Afirmam ainda que o número de mortos é superior ao que foi informado pela polícia. 




      Cinco dos 23 policiais militares que foram condenados pela Justiça de São Paulo, a 156 anos de prisão cada um por participar do massacre do Carandiru vão continuar trabalhando na Polícia Militar. Um oficial, dois sargentos e dois cabos que atualmente trabalham na PM seguirão atuando na corporação mesmo após a condenação por assassinato de 13 dos 111 presos mortos na Casa de Detenção.

     De acordo com a corporação, o capitão Marcos Ricardo Poloniato, os primeiros sargentos Haroldo Wilson de Mello e Roberto Yoshio Yoshikado, e os cabos Roberto do Carmo Filho e Elder Tarabori permanecerão executando suas funções sem quaisquer restrições. Eles foram condenados pelo crime de homicídio juntamente com mais 18 PMs. A diferença entre eles é que esses últimos estão inativos e não trabalham mais na corporação.


 



Fundação do PCC

     O massacre causou indignação em detentos de outras penitenciárias, os quais supostamente decidiram formar o Primeiro Comando da Capital (PCC) no ano seguinte ao do evento. Uma das afirmações iniciais do grupo era a de que pretendiam "combater a opressão dentro do sistema prisional paulista" e "vingar a morte dos cento e onze presos". Entretanto, esta suposta origem do PCC,  um dos principais grupos do crime organizado no Brasil, é muito questionada, não havendo provas claras de que haja qualquer ligação entre a facção criminosa e o massacre dos detentos.


                                                                    
 
                                                                      FONTE
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